Total de visualizações de página

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"HOMEM CERTO?"

                                                                                                             Eduardo Almeida

Hoje me peguei lendo uma frase no facebook de uma amiga especialíssima, a quem muito admiro e muito me ensinou e, como ela mesma diz que me inspira, (e realmente inspira, por que negar?) me inspirou a escrever sobre o assunto.

A frase dizia:
“O homem certo vai amar na mulher tudo aquilo que o outro achava que era problema nela.”.

 Deu até uma certa tristeza por ler isso, mas por outros motivos que não cabem aqui.
A frase parece bonitinha, até ser analisada.
  Primeiro: o homem ‘certo’?
Segundo: amar tudo aquilo que o outro achava que era problema nela. Ele só vai amar o que o outro achava ser problema nela, desde que não fira os princípios e valores dele e que, no caso, feriam o do outro. Um belo dia ele vai encontrar defeitos nela, assim como qualidades, que, para o PRÓXIMO homem, podem não ser nada demais e assim sucessivamente. A mulher então vai viver de encontrar o homem certo no próximo? Bom, existem 7 bilhões de pessoas na terra e desse número, muitos são homens, pode ser uma vantagem....
O que se taxa de problemas nada mais são do que o choque de duas pessoas, duas cabeças, duas criações, dois valores, dois princípios, ou seja, tudo em duplicidade e antagônicos. E se não houver RESPEITO pela opinião do outro, o que vai acontecer é a libertinagem, o fazer o que se quer, passando por cima de tudo, até mesmo do compromisso de ambos estarem juntos.
O que o companheiro(a) deve fazer é não visualizar como problemas e sim como oportunidades de fazer o(a) companheiro(a) evoluir e também de se evoluir, crescer, aprender, e essa é a essência do encontro, do compromisso, do dia a dia, de encontra uma pessoa que nos abra a visão, a mente, que nos faça enxergar melhor alguns aspectos da vida. E se o outro(a) nos fez enxergar e concordamos, por que repetir?
            Homens e mulheres “certas” não existem, o que existe é o encontro de almas na sincronicidade da vida. Ninguém é totalmente perfeito que não possa aprender nada, nem ninguém é totalmente imperfeito que não possa ensinar algo. É aquela história, ninguém no mundo é totalmente inútil, no mínimo serve de mau exemplo.
Cabe então a nós, enquanto em um relacionamento, aprender, ouvir, ensinar, mostrar e principalmente, RESPEITAR a outra parte ainda mais quando chegam a um ponto em comum. Temos que entender de uma vez por todas que, quando existe uma outra pessoa em nossa vida, temos sim, que mudar alguns itens do nosso comportamento. Temos que pensar duas vezes agora antes de fazermos qualquer coisa, uma por nós e outra pela outra pessoa.
A tal da consciência tranquila, felizmente ou infelizmente, quem a faz, somos nós mesmos e pendemos para o lado que nos favoreça, geralmente encontrando e/ou criando muletas psicológicas que nos deixem em uma posição confortável com nossa consciência. Como exemplo, quantos já mataram alguém e estão com a consciência tranquila, por se auto justificarem que mataram porque o finado 'mexia' com ele? Quantos já traíram e se dizem com a consciência limpa por alegarem que o outro(a) traiu primeiro? Ora, deixemos de hipocrisia e joguemos por terra as frases enlatadas, pessoal! Consciência limpa é realmente fazer o que é certo dentro de princípios e valores não só nossos, mas da sociedade em que vivemos e leis que nos regem, inclusive as ‘leis” de um relacionamento.
Acham que alguns países do mundo árabe não estão de consciência limpa por surrarem, e apedrejarem as mulheres até a morte por elas terem infringido leis absurdas de castidade ou algo parecido? Eles deitam e dormem tranquilamente todos os dias.
Quanto ao homem certo, o certo é aquele que a ama e respeita, pois, como diria Shakespeare, “Tudo que se faz por amor, está além do bem e do mal.”.
            Tenhamos cuidado com a tal da ‘consciência limpa’ que criamos,e a consciência realmente limpa, pois é bem diferente uma da outra, já que uma, criamos para nos favorecer e outra, é a que nos faz ver que não estávamos com ela tão limpa quanto pensávamos.
A essa minha grande amiga que tanto me inspira, e que, por incrível e mais difícil de entender que possa parecer, a respeito do jeito que é, mas como todo diamante, precisa ser lapidado, um grande beijo recheado de histórias e muito, mas muito respeito. Rodelas de lula com creme de baunilha assim como as inúmeras conversas, virtuais ou não, foram inesquecíveis e como tal, serão gravadas no tempo, na história que foi escrita há muito, muito tempo atrás. Restará a saudade...
Só para lembrar...o Deus de um, é o mesmo Deus de todos!
Em outro artigo, falarei mais sobre ‘frases enlatadas’.
Até lá!

sábado, 5 de novembro de 2011

MANIAS

                                                                                                                 Eduardo Almeida
Fique tranqüila(o), cara(o) leitor (a): se você não as tem, melhor para você.  O maníaco é quem sofre, porque tem que se conter.

            Eu particularmente adoro manias, não as doentias ou que beiram essa área, mas aquelas que lhe deixam atento, vivo, preocupado e manter valores bons.
Não consigo pegar um telefone que esteja com o fio todo enrolado ou um teclado de computador da mesma forma, sem antes desenroscar o fio. Uma letra genial do falecido Flávio Cavalcante (o qual eu não morria de amores) falava, num saudoso samba-canção, das manias que todos nós temos. Eu tenho a mania de observar comportamentos e analisar o que seria “politicamente correto” para uma vida coletiva mais fácil. 
Você já fez, por exemplo, no banheiro público ou da empresa, a pesquisa do papel-toalha? Quem está melhor vestido ou ganha mais é quem usa uma folha, no máximo duas para enxugar as mãos e/ou o rosto. Na proporção inversa da renda, aumenta o desperdício. Aí, a minha mania é imaginar se esse sinal é causa ou conseqüência. O papel-toalha, quem costuma economizar – no caso, está poupando árvores – é quem se deu bem na vida. É mais ou menos o que acontece com quem tem a incrível mania de conversar na porta ou no corredor, atrapalhando os que querem passar. Não são exatamente os que administraram com menos resultados a própria vida? 
Já fui chefe por alguns anos e fazia esse tipo de observação para contratar alguém. Quem cortava unha em público ou se penteava idem, perdia pontos. Falar alto, limitar a conversa a futebol, piadas grosseiras e programas de TV, também ia desclassificando. Claro que fumar era quase eliminatório. Às vezes eu me enganava, havia contratado alguém que usava o vaso sanitário e não puxava a descarga,ou descobria tardiamente, que o novo repórter usava ‘disponibilizar’, ‘agilizar’, ‘fazer uma colocação’, ‘vivenciar’ e asneiras semelhantes.
                Enfim, manias.
O maníaco (a nova linguagem politicamente correta chamaria de portador de idiossincrasias )é quem sofre, porque tem que se conter. Veja como padeço com garçons que me servem cerveja, evitam a espuma e fico sem saber se é xixi ou cerveja. Para que a espuma não apareça só no meu estômago, tenho que passar a cerveja para outro copo para formar a camada branca que protege o sabor. Além disso, trazem o raio da bebida estupidamente gelada e, como se sabe, moléculas em temperatura baixa demais não emitem sabor, isto é, odor. 
Mas não é só isso. Se estou tomando o chopp, não me permitem o prazer de me servir quando eu julgar que é o momento e na quantidade que acho conveniente. Se viro para conversar com alguém, como num passe de mágica já tem outro copo ali cheinho me esperando, num gesto de imposição terrível que alguns bares principalmente de Aracaju adotaram essa prática. Metem-se num dos mais prazerosos  rituais da vida.
Enfim, nós, maníacos, sofremos. Imagine que você está esperando o elevador – e, obviamente, já o chamou – e aparece do seu lado alguém que o julga um néscio e ele o mais esperto do mundo, porque aperta de novo o botão. Não satisfeito, aperta dos dois botões. Você e ele vão descer. Aí, o elevador, que está subindo, para inutilmente e você perde seu tempo. Será que é só mania irritar-se com alguém que ainda não aprendeu a operar um meio de transporte que surgiu na metade do séc. 19? Sem falar quando o sistema não é de fila única e os espertos pulam na sua frente assim que a porta abre, tomando de assalto seu direito que você adquiriu ao aguardar pacientemente o elevador e sem a presença dele ali. 
Poucos sabem, mas o sistema de fila única existente hoje no Edf. Cidade de Aracaju foi de minha autoria e iniciativa o projeto, decorrente da minha indignação e raivas que ali passei e resolvi tomar uma atitude. Um problema a menos em nossa sociedade, entre outros que resolvi porque tive atitude com coisas que me  incomodavam na sociedade onde vivo e não deixei pra lá.
                Certa feita, eu estava num hotel no Guarujá à beira-mar, admirando as modelos que eram fotografadas para uma matéria da revista Playboy. No almoço, na mesa ao lado da minha, elas seguravam os talheres como um ferreiro empunha um martelo, ou melhor, como um pedreiro segura sua pá. Por culpa das minhas manias, meu entusiasmo pela beleza das moças foi pelo ralo. Quando elas saíram, já não me surpreendi enquanto arrastavam o chinelo, tentando encerar o chão, creio eu. Mas o pior é quando você encontra no banheiro masculino o assento do vaso todo molhado. O cidadão não se dignou a levantá-lo antes de fazer xixi. E quantos saem sem lavar as mãos? Por causa disso, sigam meu exemplo, colegas: a única folha de papel-toalha suficiente para enxugar as mãos, também se usa para não se contaminar na maçaneta, ao deixar o banheiro.
Uma das minhas manias prediletas é escrever sobre tudo que vejo.  
Não é uma mania saudável?
Fico por aqui...já fiz a minha parte!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ENTENDENDO OS SINAIS DE FUMAÇA


Para minha deusa!
Eduardo Almeida
Impressionante como convencer alguns homens a falar sobre seus sentimentos é tão fácil quanto fazer uma mulher conversar sobre sistemas de injeção de motores V8. É até possível, mas um tanto antinatural, como aqueles prodígios de 4 anos de idade que tocam Mozart ao piano. Tanto que muitas mulheres nos acusam de não termos sentimentos. O que também não é verdade. Temos. Muitos. Entre eles, se destaca a culpa – provocada justamente por nossa incapacidade de não saber falar sobre sentimentos.
Esse que vos escreve, particularmente, não vê nenhum problema nisso, discorrendo então aqui sobre uma fauna onde não convive nesse aspecto. Sempre tenho comigo a máxima de que macho, até cachorro é, o difícil é ser HOMEM! E o cara tem que ser muito homem pra saber lidar com uma mulher e expor seus sentimentos para o sexo feminino e sem com isso achar-se fragilizado ou com uma pontinha de pé no sexo oposto. Transcorro então nesse setor com a maior tranqüilidade, abrindo o coração e logo em seguida a boca onde externo fielmente o que sinto para minha deusa. E olha que como jornalista, tenho uma certa capacidade de exposição e como Homem, tenho a maior facilidade em me expor, por assim dizer, tentando chegar a um denominador comum e soltando meus sinais de fumaça (os bons!) para que minha deusa entenda o que sinto e saiba lidar comigo e com as minhas imperfeições, dizendo inclusive onde tenho que mudar e onde devo manter-me. Passo por cima de qualquer machismo ou preconceito e abro um mundo só meu e dela, onde teço comentários dos mais estapafúrdios e nervosos em momentos de cólera aos mais embasados na linha freudiana, sem esquecer de visitar Afrodite! É...permito encolerizar-me, pois, como diria meu blódi Aristóteles, “qualquer pessoa pode encolerizar-se. É fácil. Mas encolerizar-se com a pessoa certa, no grau certo, no momento certo, pela razão certa e da forma certa, isso não é fácil.”
Acredito que, independente de fases que passo, boas ou ruins, o amor, o respeito e a admiração que tenho pelas mulheres, me acompanha ali, coladinho, com a sinceridade plena que faz surgir a cumplicidade igualmente plena e que norteia os meus rumos em um relacionamento. Se tenho nela minha melhor amiga, que quero mais da vida, guardadas as proporções? Se mesmo que não tenha encontrado na personalidade dela a minha cara metade, porque não transformarmos em caras metades com nosso jeito personalizado (customizado, como diz ela) de conduzir as coisas? Transformar não é mudar, é lapidar com o consentimento do outro que aceitou e enxergou algum ponto discutido e cedeu, ora! Ninguém é transformado, as pessoas SE transformam. Muitas mulheres ficam de cabelo em pé ao lerem esse parágrafo, pois logo se emparedam e armam suas unhas de felinas contra qualquer macho que tente mudá-las, mas, como falei, não se trata disso. Bom, pelo menos não comigo, mas muitas vezes, senão todas, no início, sou incompreendido também. É aquela coisa: estou quieto demais? Saudade, carência ou ciúmes! Tem gente que pensa que eu me acho, mal sabem eles que eu só me perco no universo feminino. rs
Como diz minha deusa, ‘feliz do homem que deixa ser dominado pela mulher’. Agora são os machos que se encostaram na parede a armaram os músculos!! Rs  o ‘dominar’ aqui não  se trata de submissão, mas de cumplicidade, de se deixar levar por ela no universo feminino e onde mais ela entender, é concordar, ceder, ver que precisa mudar e se adaptar ao seu jeito protecionista de ser, de mulher, de mãe, de guerreira e muito mais! É deixar ela mostrar que é capaz de conduzir e na hora certa, se encostar em seu ombro e mostrar que só pode ir até ali e que de agora em diante é com você. Isso é ser dominado! Atualmente, quero passar dos limites da aparência e achar o que há de mais lindo em meu coração pra poder fazer co que minha deusa me entenda, até porque eu gosto do meu estilo, gosto da forma como vivo minha vida, aprendi a me amar antes de tentar amar alguém, por isso , posso me perder na forma de externar, mas respeito amplamente o sexo feminino.
Mas pense bem antes de colocar seu namorado contra a parede, pense se está fazendo isso por você ou por ele. Muitas mulheres transformam algo que deveria ser visto como uma qualidade predominantemente feminina em um defeito predominantemente masculino.  Uso o argumento de que, conversando sobre as coisas, elas vão melhorar. O que concordo plenamente, pois quanto mais se debate sobre um tema, novas nuances vão surgindo e antes, quem era ‘acusador’, vira defensor da causa, apenas vendo por outra ótica o fato, ou seja, cedendo por entender.
É preciso entender que somos diferentes. E que diferenças não são defeitos. Sempre digo à minha deusa que, da mesma forma que mulheres têm coisas de mulheres, homens também têm coisas de homens e precisamos ser entendidos e não taxados de burros empacados. Temos nosso limite de homem também. Alguns aceitam até o fio terra, mas aí também, tenha paciência!!!  Rsrsrs  Não é todo homem que vai ceder totalmente às investidas psicológicas femininas e isso tem que ser respeitado, pois fazer o homem de capacho, com certeza fará perder o encanto e a admiração que tem pela porção masculina dele e só irá querer pisá-lo desde então. A chave tem que ser aprender a ouvir o que ele não consegue falar e que pode não ser tão aterrador assim como se supunha.
Eu mesmo, apesar de estar discorrendo sobre o tema, sempre e todo dia aprendo algo com a minha deusa que me leva a ser um a pessoa melhor e principalmente com a deusa que tenho ao lado, inteligente, linda(!), comunicativa, carismática, guerreira, forte, fraca na hora certa, mas, independente de todos os seus atributos e adjetivos ....é apenas uma menina! Uma linda menina que precisa domar seu temperamento e seu gênio e aprender a identificar os sinais de fumaça de um homem que a ama e reconhecer que apesar de toda a sua fortaleza, sabe chorar como ninguém, o que não é demérito de forma alguma, pelo contrário, apenas mostra suas fraquezas e fala para si mesma a frase que sempre usa ‘triste da mulher que pensa que não precisa de um homem’. É ou não é uma deusa?
                Bato no peito por ser pai solteiro e ter abdicado de muitas coisas para tornar-me ‘pãe’ e aprendi com esse ser maravilhoso que Deus me enviou que aqueles sinais e grunhidos que eu não entendia, queriam me dizer alguma coisa, como dor, felicidade, tristeza ou apenas pedindo algo e com isso pude perceber que a mulher, como mãe, pela natureza que lhe foi dada, deveria olhar para o seu homem e tentar entender esses sinais que ele lhe dá, sem necessidade de expressá-los verbalmente e assim surpreendê-los. Os homens(alguns) não pensam em tomar a liberdade de sua parceira, mas de estarem como prioridade dentro dessa liberdade e não como opção, a questão é essa. Eles querem ser amados e vistos como o primeiro homem mesmo que com uma mulher de 80. Querem ser cuidados, endeusados, mostrados em neon com a legenda ‘ele é meu e eu sou dele’. Mas as mulheres, ao contrário, repelem seus míseros pedidos, achando que a dominação anteriormente falada tem que ser submissão e não atendem suas lícitas reivindicações, deixando assim portas abertas no relacionamento para espíritos maus entrarem e sujarem tudo, confundindo assim todo o processo. Cuide de mim, que cuido de você.
Se as mulheres conseguem entender 30 tipos de choro, não pode ser tão difícil assim entender os homens. É só uma questão de aprender a ler os sinais de fumaça que mandamos. Vocês, afinal, não são apenas hábeis em identificar os próprios sentimentos. Também são melhores em observar esses sentimentos nos outros. Então procure prestar mais atenção no seu homem. Você pode estar deixando passar um grande Homem, com H maiúsculo e passada a chance, uns não retornam, por conta do seu orgulho masculino(coisas de homem!). Mesmo sem saber, ele dá todas as dicas de que precisa para entendê-lo.
É como ir a Disney sem saber falar inglês, mas não é por isso que você vai deixar de abraçar o Mickey.
Tá dada a dica! Até a próxima!